sexta-feira, 27 de março de 2009

Para quem quer que eu sou!

Em circulos, inevntaram-me o mundo
de nuances e sorrisos de falsidade
sem ardor ou qualquer vinculo
aquilo que chamo de identidade
e sem ser quem sou
sou alma desamparada
sou metafora do caos organizado
sou poesia cantada,
desafinada.
[In]mundo abortado
sou tormento sepultado,
feitico de navalha,
sou amante acovardado
lamento que o vento espalha.
E o nao-ser me espanta
que num grito em silencio
por demais [ir]responsavel
arranha-me devagar a garganta
essa ja cansada de lamurias
e promessas de palavras dormentes
Que por mais calejada
exclama o desespero presente.
Pois sou retrato discrente
com toda essa maldade sem precedentes.

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Continuo sem acento, infelizmente. Peco desculpas...ainda que sem cedilha!

sexta-feira, 20 de março de 2009

E isso eu nunca soube dizer...

Que dor é essa?
Maldita que corrói por dentro
infecciona e inflama depressa,
raiz execrada de todo tormento.
Prefiro o silêncio do ar condicionado
embora cheio de ruídos,
passa despercebido pela multidão.
Assim como eu, que vago calada
subproduto de tamanha contra-mão.
Mas sou ferida aberta e recortada
sofro os pesares da vida mundana
com a alma acelerada.
E, no acaso, desmembro a membrana
de todos os dias em que longe passas
talvez algo derradeiro e inevitável
ou uma quimera sem graça.
Só sei que esse vazio tangível,
sem ressalvas, me habita por inteiro.
queria eu ter alma assassina
só assim pra sentir meu braço amputado
e não morrer por dentro, sem morfina.
Não quero parecer mórbida
nem por demais dramática
Mas saibas que enquanto não vens
em mim, reina a ausência.


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Vão ser longos esses 6 meses, mas saiba que tens um coração aflito a te esperar. Que a Irlanda lhe traga bons frutos. Tua irmã te ama, Rafa.
Pra sempre, sua Baixinha.