quinta-feira, 13 de maio de 2010

Tanto faz, tanto fez.

Sabe o que me cansa?Sao essas suas palavras que eu tenho que arrancar do meio da sua garganta, que eu tenho que trazer do meio do seu peito ja que de orgulho voce nao cospe com vontade.Mas eu aqui, largada num canto desse apartamento:eu choro mais, eu choro menos.Tanto faz, voce nao vem mesmo.Mas eu aqui morrendo, desaparecendo como uma foto polaroid, eu morro mais ou morro menos.Tanto fez, voce nao veio mesmo.Sabe o que me mata?Sao os teus olhos de vidraca fosca embacada a jato de areia de onde nao mina arrependimento.Teu olho onix, pedra preta como esse tal amor por mim.Mas eu aqui, largada num canto desse apartamento:eu choro mais, eu choro menos.Tanto faz, voce nao vem mesmo.Mas eu aqui morrendo, desaparecendo como uma fodo polaroid, eu morro mais ou morro menos.Tanto fez, voce nao veio mesmo.E me da odio pensar que nao sao as desculpas, nao e nada.Se voce nao veio for por minha culpa, era eu quem voce nao queria ver, era minha a angustia.Mas voce nao vem mesmo...

O jardim do silencio

Nao sei porque voce nao cansa
Fica olhando pro proprio umbigo
sem ao menos se importar
Mas tudo gira em torno
'Eu quero, eu quero'
Mas e o que eu quero?
Eu quero ser aquela que danca
e ter alguem pra dancar comigo
Eu quero ter o poder de voar
Romper as grades,
Ah, eu nao quero nada nao.
Eu quero ficar no meu mundo,
uma boa musica de fundo,
um bom copo vazio na mao fria.
A minha solidao nao tem tempo de gritar,
mas ta bem aqui dentro.
Atonita,
esperando uma brecha
e nem sabe mais pra que.
mas eu sei, eu bem sei
ta tudo se acumulando
como um cancer que cresce
como uma alma que envelhece
ta tudo aqui
Eu so temo o dia que minhas maos
calejadas com a vida
vao perceber toda essa ilusao
e baixinho lamentar as feridas.
Sao destrocos de uma bomba anunciada
sao consequencias da cruzada.
E no mais tardar,
lamento pelo amor que se foi
mesmo que ainda esteja vivo
o amor que mora em mim.