Sempre tive um talento especial pra errar. Seja por esse meu mecanismo auto-sabotador que me persegue ou tomando decisoes erradas de olhos abertos. Mas nunca saio de uma viagem ilesa dos arranhoes. E, desde entao, construi um muro de pedra em volta de mim e me tornei prisioneira da minha propria mediocridade. E como arma de destruicao em massa eu usava a indiferenca. Como escudo eu mantinha distancia da intimidade. E aos poucos fui adaptando o meu forte a guerra. Foi quando eu percebi que do outro lado do muro nem todos os invasores queriam me derrotar. Mas a descoberta nao foi assim tao simples. Foram anos de guerra silenciosa que me levaram a esse estagio de calmaria mental. E naquela sexta-feira sem graca voce apareceu na minha porta, tocando a campahia com educacao, me desarmando devagar. Acostumada a toda violencia e torpor, me vi atonita diante da honestidade. E voce foi descongelando os muros que reinavam em mim, e conforme os tijolos caiam a dependencia foi reinando onipotente. E dela que eu sempre tive medo. A dependencia do que nem e seu de direito mata. Ou voce acha que Julieta morreu de que?!Ela era dependende do amor de Romeu, e so de pensar que nao mais o veria tratou de dar cabo de sua vida. Longe de mim me comparar a Julieta, mas penso sofrer o mesmo mal. Nao necessariamente amor desenfreado, mas da necessidade de afeto, a necessidade do outro. E eu me vejo assim. Completamente perdida nesses dias que nao te vejo, nem outro assunto ousa rondar minha mente. E nesse dia voce construiu um muro maior ao redor do meu, me protegendo de toda dinamite.
Um comentário:
"Como escudo eu mantinha distancia da intimidade..."
Já usei esse escudo...
Muito boa a abordagem do texto...
Beijos
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