sábado, 7 de fevereiro de 2009

Preto e Branco

Aqui jaz meu pensamento em multiplas cores.
Devaneios corrompidos de verde em ferida latente,
anedota blasé nesses dias de afago.
Me diga onde despejar a desconhecida semente,
pois de lilás em lilás, o palhaço se faz amargo.
Derrama-me em manchadas latas de tinta,
ou contornos avermelhados de sangue.
Já que em ti a pulsação se faz, ainda.
Sem estrelas para ouvir ouço o teu céu mudo,
espelhos de um mar sem fim.
Mas é calmo sob as ondas,
no azul profundo do meu tormento.
Na ausência das idéias não nego:
sinto o vazio, ouço o silêncio e vejo o nada.
Faço poesias com a sombra esvaziada.
Pois sou poetiza e poetizo o nada em tudo.
De agudas pedras sem cor faço cama de veludo,
da escuridão faço fulgor de luz e brilho
enquanto o velho senhor procura abrigo.
E esse preto sem graça me possui
arruinando todo encanto multicolorido
mas nenhuma alma desapegada influi
Porque só me restam poemas de dor.

2 comentários:

Naty disse...

A cada poema e texto q vc posta, eu me surpriendo.
^^

Anônimo disse...

Aqui... Q q isso???rsrs
Vc é ótima!